22 de Dezembro é o 356º dia do ano no calendário gregoriano (357º em anos bissextos). Faltam 9 para acabar o ano. É, na maior parte das vezes, o dia em que ocorre o solstício de Inverno, no Hemisfério Norte
A definição do início das estações é dada pelo comprimento do dia e da noite, que varia conforme a latitude, a época do ano e a inclinação do eixo de rotação da Terra, explica a pesquisadora Josina Oliveira do Nascimento, da Coordenação de Astronomia e Astrofísica do Observatório Nacional.
Do início da primavera até o início do verão, o Sol nasce cada dia mais cedo e se põe cada dia mais tarde, até que a entrada do verão marca o maior dia e a menor noite. Daí até a entrada do outono, os dias se tornam cada vez menores e as noites cada vez maiores, até que no dia da entrada do outono o comprimento da noite é igual ao comprimento do dia.
As noites, então, vão aumentando, até a chegada do inverno. A partir disso, as noites diminuem até a chegada da primavera, quando novamente o dia e a noite tem o mesmo comprimento. A entrada do verão e do inverno é marcada, então, pelo “solstício” – comprimento diferente do dia e da noite –, enquanto primavera e outono, pelo “equinócio” – dia e noite com comprimento igual.
É essa variação no comprimento dos dias e das noites que justifica a implantação do “horário de verão”. Josina explica que nos locais próximos à linha do Equador, onde esse efeito é muito pequeno ou nulo, não faz sentido implantar o horário diferenciado.O horário oficial do início das estações também varia a cada ano. De acordo com a pesquisadora, essa diferença se deve ao período de translação da Terra – aproximadamente 365 dias e 6 horas, ou precisamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46,08 segundos.
A cada quatro anos, ocorre o ano bissexto, com 366 dias para compensar essa defasagem. “Assim, se olharmos o início do verão dos anos anteriores, vamos ver que o horário de quatro anos atrás é mais próximo do horário deste ano”, explica Josina.